Denominações de Origem
DOC DÃO
Documentos do séc. XII mostram que a actividade vinícola do passado apresenta flagrantes pontos de contacto com a do presente, revelando todo o peso social e cultural que o vinho sempre assumiu na Região.A importância desta actividade na Idade Média, particularmente entre os séculos XII e XV, após a reconquista cristã e através das ordens religiosas, contribuiu para o desenvolvimento económico, onde o vinho constituía uma das principais fontes de rendimento.A alta qualidade destes vinhos e o seu crescente valor económico determinaram a demarcação desta região em 1908.Para além dos vinhos tintos, brancos e rosados esta região apresenta, também, uma tradicional vocação para a produção de espumantes naturais.
LEGISLAÇÃO BASE
Decreto-Lei N.º 376/93, de 5 de Novembro e Decreto Lei N.º 103/2000, de 2 de Junho.
ÁREA GEOGRÁFICA
A área geográfica correspondente à Denominação de Origem controlada Dão abrange os concelhos de Arganil, Oliveira do Hospital e Tábua, do distrito de Coimbra;os concelhos de Aguiar da Beira, Fornos de Algodres, Gouveia e Seia, do distrito da Guarda;os concelhos de Carregal do Sal, Mangualde, Mortágua, Nelas, Penalva do Castelo, Santa Comba Dão, Sátão, Tondela e Viseu (freguesias de Abraveses, Barreiros, Boaldeia, Cavernães, Cepões, Coração de Jesus, Côta, Couto de Baixo, Couto de Cima, Fail, Farminhão, Fragosela, Mundão, Orgens, Povolide, Ranhados, Repeses, Rio de Loba, Santa Maria de Viseu, Santos Evos, São Cipriano, São João da Lourosa, São José, São Pedro de France, São Salvador, Silgueiros, Torredeita, Vila de Soito e Vila Chã de Sá), do distrito de Viseu.
Sub-Região Serra da Estrela
Os concelhos de Gouveia (freguesias de Arcozelo da Serra, Cativelos, Figueiró da Serra, Freixo da Serra, Lagarinhos, Melo,
Moimenta da Serra, Nabais, Nespereira, Paços da Serra, Ribamondego, Rio Torto, São Julião, São Paio, São Pedro, Vila Cortez da Serra, Vila Franca da Serra, Vila Nova de Tázem e Vinhó) e Seia (freguesias de Carragosela, Folhadosa, Girabolhos, Lages, Paranhos da Beira, Pinhanços, São Martinho, São Romão, Sameice, Sandomil, Santa Comba de Seia, Santa Eulália, Santa Marinha, Santiago, Seia, Torrozelo, Tourais, Travancinha e Várzea de Meruge).
CASTAS RECOMENDADAS
Tintas
Alfrocheiro, Alvarelhão, Aragonez (Tinta Roriz), Bastardo, Jaen, Rufete, Tinto Cão, Touriga Nacional e Trincadeira (Tinta Amarela).
Brancas
Barcelo, Bical, Cercial, Encruzado, Malvasia Fina, Rabo de Ovelha, Terrantez, Uva Cão e Verdelho.
DOC Dão com designação "Nobre"
Touriga Nacional num mínimo de 15%, Alfrocheiro, Aragonez (Tinta Roriz), Jaen e Rufete, no conjunto ou em separado, até 85%.
Encruzado num mínimo de 15%, Bical, Cercial, Malvasia Fina e Verdelho, no conjunto ou em separado, até 85%.
CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉPTICAS
Vinhos Tintos
Cintilantes, de cor rubi, encorpados, de aroma e sabor delicados. Envelhecem com extraordinária nobreza ganhando um bouquet esplendoroso, que os torna suaves e aveludados.
Vinhos Brancos
Caracterizam-se pela sua leveza e frescura, apresentando uma cor amarela citrina, aroma suave e sabor frutado.
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PRODUTO * MÁX(HL/HA) * ****** % VOL. **** ESTÁGIO (MESES)
VQPRD
TINTO********60*********11**************5 maio ano seguinte
**************************11.5 (garrafeira) *36 (12 em garrafa)
**************************11.5 (reserva)****24
NOBRE*******************12**************36
**************************12.5 (garrafeira)**48 (18 em garrafa)
**************************12.5 (reserva)****42
NOVO********************10.5
CLARETE*****************11***************6
BRANCO*******80********11
**************************11.5 (garrafeira)*12 (6 em garrafa)
**************************11.5 (reserva)***12
NOBRE*******************11.5************12
**************************12 (garrafeira)***18 (9 em garrafa)
**************************12 (reserva)*****12
ROSADO*******70*********11
VEQPRD*******80*********11**************9
(espumante)
* Para a campanha 2001-2002, o rendimento máximo das vinhas destinadas à produção de vinhos tinto e rosado com direito à Denominação de Origem Dão, é de 75 hl por ha. A produção excedentária pode ser destinada a Vinho Regional Beiras.
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ENTIDADE CERTIFICADORA
A certificação da DOC Dão é feita pela Comissão Vitivinícola Regional do Dão-FVD.