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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Selo identifica produtos típicos da Serra da Estrela

A Entidade de Turismo da Serra da Estrela está a entregar selos de recomendação a produtores de produtos típicos da região, com o objectivo de fomentar a procura dos seus artigos no mercado de consumo.
O selo com a indicação “recomendado por: Turismo Serra da Estrela” já está a ser utilizado por produtores dos concelhos da Covilhã, Fundão, Trancoso e Seia, disse ao Jornal A Guarda o presidente daquela entidade, referindo que pode ser colocado em queijos, enchidos, bolos, etc., ou seja, “em todos os produtos que são clássicos em cada terra”.
De acordo com Jorge Patrão, a iniciativa da Entidade de Turismo da Serra da Estrela visa “ajudar a dar mais-valias aos produtores e a colocarem os seus produtos com outra notoriedade” no mercado.
“Estamos a dialogar com Câmaras Municipais para colocarmos uma recomendação em cada produto nascido genuinamente da terra, em que a própria Turismo Serra da Estrela garante e recomenda a aquisição desse produto”, explicou. Referiu que “a marca Serra da Estrela é umas das poucas em Portugal que permite isso, e é o que nós vamos incentivando”.
Jorge Patrão contou que o selo já é colocado “em muitos produtos que estão em hipermercados e em mercados, mas vamos continuar a reforçar”, indicando que “o objectivo é ter cada vez mais produtores com esta possibilidade”. 
Explicou que os produtores interessados em aderir ao processo, ou dialogam com a respectiva Câmara Municipal ou directamente com a Entidade de Turismo da Serra da Estrela. “Assinam um pequeno protocolo que tem algumas condições, porque temos que garantir a genuinidade e a qualidade do produto e, depois, colocam esse selo de recomendação da Turismo da Serra da Estrela”. 
“É um processo simples. Apenas têm que nos explicar os métodos de fabrico e termos alguma fiscalização em termos de garantia de qualidade. O que queremos é potenciar os produtos da Serra da Estrela, permitindo ao consumidor identificar logo a origem do produto”, afirmou o responsável.


Jornal A Guarda

sábado, 6 de março de 2010

Queijo da Serra da Estrela está em risco


Redução de Ovelhas de raça na origem do alerta

A redução do número de efectivos de ovelhas da raça Serra da Estrela pode pôr em causa a continuidade da produção do tradicional queijo Serra da Estrela, noticia a Lusa.

O receio é de João Mandanelo, técnico da Associação Nacional de Ovinos da Serra da Estrela (ANCOSE), segundo o qual tem vindo a verificar-se uma redução substancial do número de ovelhas desta raça, «pois os produtores optam muitas vezes por introduzir nos seus rebanhos ovelhas de outras raças, que são mais produtivas».
A região demarcada de produção do queijo Serra da Estrela integra, entre outros, os concelhos da Guarda, Fornos de Algodres, Celorico da Beira, Gouveia, Manteigas, Seia, Oliveira do Hospital, Penalva do Castelo, Mangualde e Covilhã, onde, segundo este técnico, «existe actualmente um efectivo de 100 mil ovelhas, quando em 2004 existiam 120 mil».
Esta opção pode, «a médio prazo, pôr em causa a continuidade da produção do verdadeiro queijo Serra da Estrela», actualmente estimada em 90 mil quilos anualmente, que só pode ser feito a partir do leite cru e inteiro desta raça de ovinos.
As razões para esta diminuição de efectivos, segundo João Mandanelo, prendem-se sobretudo com «a pequena dimensão das explorações», que não permite uma maior rentabilidade dos rebanhos.
«Os produtores optam por vezes por ter maior quantidade de leite, esquecendo que o leite produzido pela ovelha Serra da Estrela é aquele que lhes pode dar maior lucro e uma maior diferenciação», acrescenta.
João Mandanelo disse que «é preciso um sistema de classificação do leite» que distinga as suas qualidades e a composição, até porque, afirma, «isso traz mais-valias em termos de higiene e segurança alimentar».
A ovelha de raça Serra da Estrela «é mais rústica» e está melhor adaptada às condições climatéricas e orográficas da região, «sendo por isso menos atreita a doenças que outras raças não autóctones», explica o responsável da ANCOSE.
Para João Mandanelo, a Denominação de Origem Protegida (DOP) «funciona mal e está a ser desvirtuada», pois devido aos elevados custos de certificação, muitos produtores de queijo optam por não os certificar, dado origem a alguma confusão nos consumidores, «que não é benéfica para a comercialização do produto».
A ovelha de raça Serra da Estrela caracteriza-se pela sua rusticidade e boa adaptação à região, produz um leite mais rico em proteínas, gordura e cálcio. Nesta raça, machos e fêmeas são dotados de cornos em caracol e são duas as tonalidades do pelo: dez por cento de pretas e noventa por cento de brancas.

Fonte http://diario.iol.pt/

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Bolo Estrela promove Gouveia

Bolo Estrela promove Gouveia

Um bolo com o formato de estrela, que é confeccionado por uma pastelaria de Gouveia desde finais de 2007, está a ser utilizado na promoção da cidade e daquele concelho da Serra da Estrela.
Luís Tadeu, vice-presidente da Câmara Municipal de Gouveia, contou ao Jornal A Guarda que o bolo surgiu associado à nova marca da cidade “Gouveia a nossa estrela”. “Quando idealizamos o nosso logótipo, que é a estrela, lançámos o desafio para que este símbolo pudesse ser utilizado em diversas áreas” e, foi então que “uma pastelaria de Gouveia tomou a iniciativa de idealizar um bolo que tem o nosso logótipo em forma de estrela”.
O bolo estrela, começou então a ser confeccionado pela Pastelaria Mondeguinho, que coloca à disposição do cliente bolos com recheio de ovo e de doce de abóbora. “É um bolo que está à venda em diversos locais que a pastelaria tem e também no nosso Posto de Turismo” referiu o autarca.
“Todos aqueles que nos visitam têm comprado, apreciado e tem sido um sucesso”, garantiu Luís Tadeu, referindo que a caixa onde os bolos são vendidos “tem o logótipo de Gouveia”. “Para além disso, temos também levado este bolo sempre que estamos em feiras”, como aconteceu este mês com a BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa. “Vamos amplificando a sua divulgação e aquilo que podemos dizer é que a receptividade das pessoas é fantástica”, disse o vice-presidente da autarquia.
Já o mentor da ideia, Rui da Eufrásia, funcionário da Empresa Municipal de Gouveia explicou que a ideia lançada aos empresários do concelho foi bem acolhida pela Pastelaria Mondeguinho que fabricou um bolo, com base nas indicações da autarquia, “que tem o formato de uma estrela e leva açúcar branco que está associado à neve” da Serra da Estrela.
“A ideia resultou na perfeição. Era esta ideia que tínhamos para promover um produto e a imagem de Gouveia – a nossa estrela”, afirmou Rui da Eufrásia.

Empresário satisfeito com a procura do bolo

Jorge Neves, sócio-gerente da Pastelaria Mondeguinho, a única de Gouveia que fabrica o bolo estrela, lembrou que a empresa aceitou o desafio da Câmara Municipal que culminou com a produção do bolo. “Fizemos algumas tentativas e chegámos aquilo que o Rui da Eufrásia tinha em mente”, contou. O bolo tem um diâmetro de 10 centímetros, é um folhado, recheado com doce de ovo ou de abóbora, que é “diferente do normal”, disse. Referiu que “leva os ingredientes normais de um folhado, só que são trabalhados de uma maneira só nossa”.
O sócio-gerente da pastelaria disse que são fabricados diariamente cerca de 150 bolos estrela, vendidos a 0,70 cêntimos a unidade.
Tanto na pastelaria como no Posto de Turismo são vendidas caixas de 3 ou de 6 bolos, forradas com papel vegetal onde o bolo é aconchegado, com um design específico relacionado com o logótipo de Gouveia – a estrela.
De acordo com Jorge Neves “no dia-a-dia as pessoas já se habituaram a comprar o bolo e temos clientes próprios só do estrela”, salientando que alguns turistas também procuram aquela iguaria gastronómica no Posto de Turismo da cidade.

IN "Jornal a Guarda"

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Festival Gastronómico da Serra da Estrela




IIª Semana dos Sabores Serranos – Festival gastronómico da Serra da Estrela, irá ter lugar de 27 de Junho a 6 de Julho de 2008.

Durante a Semana dos Sabores, treze restaurantes disponibilizam o melhor da cozinha regional em suas ementas. Cada restaurante, teve o cuidado de seleccionar os pratos mais requintados da nossa gastronomia, não descurando as entradas, as sopas e a doçaria.

Há saberes que são tesouros bem guardados, por constituírem a alma de um povo. São memórias de um tempo, de todos os tempos e que traduzem a maneira de ser e estar das gentes.

A mestria dos nossos “chefes” transforma produtos simples, mas frescos e de qualidade, em divinos manjares. É este o segredo maior da nossa cozinha. Depois, temos os vinhos. Esse néctar dos Deuses, produto de vinhedos preguiçosamente espreguiçados em encostas beijadas por um sol generoso.

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Listagem de Restaurantes participantes:
• Restaurante “ABM” – S. Paio
• Restaurante “Fonte dos Namorados” – Melo
• Restaurante “Lá em Casa” – Gouveia
• Restaurante “O Ferreiro” – Gouveia
• Restaurante “O Cunha” – Vila Nova de Tazem
• Restaurante “O Flor” – Gouveia
• Restaurante “Sabores da Serra” – Gouveia
• Restaurante “O Jardim” – Gouveia
• Restaurante “O Júlio” – Gouveia
• Restaurante “Quinta das Cegonhas” – Melo / Nabainhos
• Restaurante “Quinta do Adamastor” – Figueiró da Serra
• Restaurante “Ponte dos Cavaleiros” – Arcozelo da Serra
• Restaurante “Verde Água” – Parque da Sra. dos Verdes Cativelos

Noticia na Câmara Municipal de Gouveia

segunda-feira, 16 de junho de 2008

O Cão Serra da Estrela


CÃO DA SERRA DA ESTRELA

Tem o seu solar na Serra da Estrela desde remotas eras, perdendo-se no tempo a sua variedade origem.
Deve ser, no entanto, uma das raças caninas mais antigas da Península Ibérica.
Encontra-se desde as imediações das faldas da Serra, até às mais elevadas altitudes ( 2000 metros aproximadamente ), sobretudo no Verão em que, desaparecida a neve, as pastagens vicejam nas altas planuras, sendo procuradas pelos gados, visto, nas regiões do sopé, o calor excessivo ter dessecado toda a vegetação pascigosa. Os cães acompanham os rebanhos, como guardiões vigilantes, defendendo-os das feras que tais paragens infestam. Encontram-se, ainda, dispersos por vários pontos do país, sobretudo no Centro, vindos da Serra, quando cachorros ou nascidos já de reprodutores oriundos das regiões serranas.

I – ASPECTO GERAL E APTIDÕES
Cão convexilíneo, molossóide, tipo mastim; inseparável companheiro do pastor e guarda fiel do rebanho que, encarniçadamente, defende contra os lobos e roubadores de gado. Esplêndido guarda de quintas e habitações; de defesa pessoal e até utilizado, com vantagem, como animal de tracção.
Animal rústico, bem entroncado, com viveza de andamentos e imponente de atitudes. Olhar vivo, calmo e expressivo. Respeitável pela sua poderosa agressividade para com os estranhos e de uma docilidade característica junto do pastor.
Bem proporcionado, morfologicamente perfeito, de uma acentuada de conjunto, reveladora de uma pureza étnica radicada pelo tempo.

II – CABEÇA
Forte, volumosa, de maxilas bem desenvolvidas. Pele lisa no crânio e na face. Alongada e ligeiramente convexa; de chanfradura nasal ( stop ) pouco pronunciada, e a uma distância aproximadamente igual da ponta do focinho e do vértice do crânio. Boa inserção. Proporcionada ao corpo, bem como o crânio em relação à face, o que lhe dá, em conjunto, uma acentuada harmonia.
REGIÃO CRÂNIO-FRONTAL – Bem desenvolvida, arredondada e de perfil convexo.
CRISTA OCCIPITAL – Apagada.
ORELHAS – Pequenas, em relação ao conjunto ( 11 cm de comprimento por 10 cm de largura );
delgadas, trianguliformes, arredondadas na ponta; pendentes; de média inserção; inclinadas para trás; caindo lateralmente, encostadas à cabeça e deixando ver, na base, um pouco da face interna.
OLHOS – Horizontais, aflorados, de forma oval; regulares no tamanho, iguais e bem abertos; de expressão inteligente e calma; cor âmbar escuro, de preferência. Pálpebras fechando bem, e de bordos orlados de negro. Sobrolhos um tanto aparentes.
CHANFRO – alongado, estreitando para a ponta, sem afilamento; tende para o rectilíneo, na sua maior extensão, e muito ligeiramente convexo junto ao bico.
VENTAS – Direitas, largas e bem abertas. Sempre mais escuras do que a pelagem e, de preferência, pretas.
BOCA – Bem rasgada, de lábios grandes, pouco espessos, não pendentes e bem sobrepostos. Mucosa bocal e céu da boca intensamente pigmentados de preto, bem como os bordos labiais. Dentes fortes, brancos, bem implantados e adaptando-se bem.

III – TRONCO
PESCOÇO – Direito, curto e grosso; bem saído, bem unido e embarbelado sem demasia.
PEITO – Bem arqueado, sem ser cilíndrico; largo, profundo e bem descido.
LINHA SUPERIOR – Dorso quase horizontal e de preferência curto; rins largos, curtos, bem musculados e bem unidos com a garupa, que é um pouco descida.
LINHA INFERIOR – Abdómen pouco volumoso, proporcionado à corpulência do animal, ligando-se insensivelmente com as regiões confinantes; a linha inferior deve elevar-se, de uma forma gradual, mas suave, do esterno às virilhas.
CAUDA – Inteira, comprida, chegando até à ponta do curvilhão, quando o animal está tranquilo. Grossa, em cimitarra; de média inserção; bem guarnecida de pêlos e franjada nos cães de pêlo comprido, formando gancho na ponta. Porte baixo da horizontal, caindo naturalmente entre as coxas quando parado.
Excitado o animal e em movimento, a cauda ultrapassa a horizontal, encurvando-se para cima, para diante, para o lado e para baixo.

IV – MEMBROS ANTERIORES E POSTERIORES
Bem aprumados, quando colocado o animal em posição conveniente. Antebraços e canelas
aproximando—se da forma cilíndrica. Esqueleto bem constituído, bem musculado e com forte ossatura.
Articulações grossas; ângulos de abertura regular, com grande facilidade de movimentos. Curvilhão um pouco descido, regularmente aberto e de boa direcção, seguindo-se-lhe uma canela vertical.
PÉS – Proporcionados à corpulência do animal. Bem constituídos; nem muito redondos, nem alongados em excesso; intermédios dos pés de gato e de lebre, de forma a evitar o espalmado. Dedos grossos, bem unidos e providos de pêlos abundantes nos espaços inter-digitais e entre os tubérculos plantares. Palmas grossas e duras. Unhas escuras, ou antes pretas e bem saídas.
Podem apresentar presunhos simples ou duplos.

V – PELAGEM
PÊLO – Forte, ligeiramente grosseiro, sem demasiada aspereza, fazendo lembrar, um pouco, o pêlo de cabra; liso ou ligeiramente ondulado e assente em quase todo o corpo; muito abundante, quer se trate da variedade de pêlo curto ou a de pêlo comprido.
Normalmente o pêlo apresenta-se desigual em certas regiões. Nos membros, dos codilhos e curvilhões abaixo, é mais curto e denso, assim como na cabeça; nas orelhas diminui de comprimento da base para a ponta, tornando-se fino e macio, é mais comprido na cauda, que é farta, grossa e franjada na variedade de pêlo comprido, em volta do pescoço e bordo inferior, formando barbela e nas nádegas, que são abundantemente franjadas, bem como a face posterior dos antebraços, sobretudo nos de pêlo comprido.
A pelugem é constituída por pêlos finos, curtos, abundantes e emaranhados na base dos pêlos grosseiros e, de ordinário, mais clara que a pelagem. Encontra-se, principalmente, na variedade de pêlo comprido.
CORES – Pelagens fulva, lobeira e amarela, unicolores ou com malhas brancas.

VI – ALTURA
De 65 a 72 cm para os cães e de 62 a 68 cm para as cadelas.

sábado, 19 de janeiro de 2008

RTSE leva ‘Estrela’ de Gouveia à BTL

A ‘Estrela’ - o bolo recentemente apresentado pelo Município de Gouveia como elemento promocional da cidade e do concelho - está disponível no stand da Região de Turismo da Serra da Estrela (RTSE), na BTL - Bolsa de Turismo de Lisboa, evento que teve início na passada quarta-feira e que se prolonga até ao próximo domingo. Tida como a maior feira de turismo realizada em Portugal, a BTL - que este ano comemora duas décadas de existência - está a ser aproveitada pela RTSE para a realização de uma campanha promocional que inclui a apresentação do novo site da Região de Turismo e novas brochuras. No stand da RTSE, o público pode ainda saborear algumas iguarias da doçaria tradicional da Serra da Estrela, como a já referida ‘Estrela’ de Gouveia, ou as ‘Cavacas’ de Pinhel. A RTSE não é a única representante desta zona presente na BTL, uma vez que os Municípios de Seia e Trancoso também estão a marcar presença no certame que decorre na Feira Internacional de Lisboa (FIL). A autarquia senense está a apostar na promoção diária de mostras de produtos locais e regionais. O queijo da Serra da Estrela, o vinho, o mel e o pão de centeio, são alguns dos produtos regionais que os visitantes ali têm oportunidade de degustar. No mesmo espaço é ainda possível visionar um vídeo promocional do concelho, conhecer o Centro de Interpretação da Serra da Estrela (CISE) e obter material diverso de promoção turística. Já a participação de Trancoso no evento, resulta da constituição da Associação Empresarial do Nordeste da Beira (AENEBEIRA), integrada pela Câmara Municipal e por dezasseis empresas e que pretende “projectar Trancoso, as suas potencialidades, riquezas naturais, patrimoniais e endógenas em todos os seus vectores onde merece destaque o desenvolvimento imprimido através de importantes investimentos em equipamentos culturais, sociais, económicos e desportivos a que, num futuro breve, outros virão juntar-se”.

noticia aqui

sábado, 5 de janeiro de 2008

Serra da Estrela possui insectos únicos em Portugal

Serra da Estrela possui insectos únicos em Portugal

A fauna de invertebrados do Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE) é das mais ricas do país, com exemplares únicos.
Normalmente, não reparamos muito neles, mas só no PNSE existem mais de 2.100 espécies, das cerca de 12 mil que já estão citadas em Portugal. Trata-se de um número que, segundo os especialistas, até pode ser superior, visto que todos os anos são descobertos novos tipos de insectos.
Convém também não esquecer que não somos nós humanos em termos de fauna os dominadores deste rectângulo à beira mar plantado, mas sim os insectos, que têm o maior número de espécies.
Os incêndios que têm afectado o parque, principalmente na última década, acabam por matar muitos destes insectos e os seus habitats, mas alguns são os primeiros a colonizar as zonas ardidas, como é o caso das aranhas.
No PNSE existem várias dezenas de espécies únicas na fauna portuguesa (percevejos, escaravelhos e aranhas) e mais de duzentas espécies novas para a Área Protegida (libélulas, gafanhotos e borboletas).....

Ler desenvolvimento "asbeirasonline"

Vinho Regional “BEIRAS”

VINHO REGIONAL “BEIRAS”

A produção de vinhos na região das Beiras remonta ao tempo dos romanos, fazendo disso prova os diversos lagares talhados nas rochas graníticas (lagares antropomórficos), onde na época o vinho era produzido. A sua qualidade foi sendo alvo de destaque ao longo da nossa história.
Esta região estende-se, no sentido longitudinal, desde o Oceano Atlântico até Espanha, fazendo fronteira a norte com o Minho e as Terras Durienses e a sul com a Alta Estremadura, o Ribatejo e o Alentejo. Como tal, apresenta uma grande diversidade de condições ambientais.
Factores como a maior ou menor proximidade do oceano Atlântico, a influência dos vários acidentes orográficos nas condições climáticas ou, ainda, as diferenças de solos existentes, determinam que os vinhos produzidos nesta região apresentem características bem diferenciadas que justificam o reconhecimento de três sub-regiões para a produção de vinho regional: "Beira Litoral", "Beira Alta" e "Terras de Sicó".

Abrange os distritos de Coimbra e Castelo Branco, os concelhos de Aguiar da Beira, Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo (excluída a freguesia de Escalhão), Fornos de Algodres, Gouveia, Guarda, Manteigas (freguesias de São Pedro e Santa Maria do Sameiro), Meda (excluídas as freguesias de Fonte Longa, Longoiva, Meda e Poço do Canto), Pinhel, Sabugal, Seia e Trancoso, do distrito da Guarda; os concelhos de Armamar (freguesia de Aricera, Cimbres, Coura, Goujoim, Queimada, Queimadela, Santa Cruz de Lumiares, Santiago, São Cosmado, São Martinho das Chãs, São Romão e Tões e parte da freguesia de Aldeias que não pertence à Região Demarcada do Douro), Carregal do Sal, Castro Daire, Lamego (freguesias de Avões, Bigorne, Britiande, Cepões, Ferreirim, Lalim, Lazarim, Magueija, Meijinhos, Melcões, Penude, Pretarouca, Vila Nova de Souto d' El-Rei), e parte da freguesia de Várzea de Abrunhais que não pertence à Região Demarcada do Douro) Mangualde, Moimenta da Beira, Mortágua, Nelas, Oliveira de Frades, Penalva do Castelo, Penedono, São João da Pesqueira (freguesias de Pereiros e Riodades), São Pedro do Sul, Santa Comba Dão, Sátão, Sernancelhe, Tabuaço (freguesias de Arcos, Chavães, Granja do Tedo, Longra, Paradela, Pinheiros, Vale de Figueira e parte da freguesia de Sendim que não pertence à Região Demarcada do Douro), Tondela, Vila Nova de Paiva, Viseu e Vouzela, do distrito de Viseu; o distrito de Aveiro, com excepção dos concelhos de Arouca, Castelo de Paiva e Vale de Cambra e a freguesia de Ossela, do concelho de Oliveira de Azeméis; os concelhos de Alvaiázere, Ansião, Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos, Pedrógão Grande e Pombal (freguesias de Abiul, Pelariga Redinha e Vila Chã), do distrito de Leiria.

Sub-Região Beira Alta
Os concelhos de Arganil, Oliveira do Hospital e Tábua do distrito de Coimbra; os concelhos de Aguiar da Beira, Fornos de Algodres, Gouveia e Seia, do distrito da Guarda; os concelhos de Carregal do Sal, Mangualde, Mortágua, Nelas, Penalva do Castelo, Santa Comba Dão, Sátão, Tondela, e Viseu (excluídas as freguesias de Bodiosa, Caíde, Campo, Lordosa e Ribafeita) do distrito de Viseu.

CASTAS RECOMENDADAS

Sub-Região Beira Alta

Tintas

Brancas

Água Santa, Alfrocheiro, Alicante Bouschet, Alvarelhão, Aragonez (Tinta Roriz), Baga, Bastardo, Cabernet Sauvignon, Camarate, Campanário, Castelão (Periquita1), Cidreiro, Coração de Galo, Cornifesto, Jaen, Malvasia Preta, Marufo, Monvedro, Pilongo. Pinot Noir, Português Azul, Rufete, Syrah, Tinta Carvalha, Tinta Francisca, Tintem, Tinto Cão, Touriga Fêmea, Touriga Franca, Touriga Nacional, Trincadeira (Tinta Amarela), e Malvasia Fina Roxa.

Alicante Branco, Arinto (Pedernã), Alvar Roxo, Arinto do Interior, Assaraky, Barcelo, Bical, Cercial, Branda, Tália, Encruzado, Sercial (Esgana Cão), Fernão Pires (Maria Gomes), Jampal, Luzidio, Malvasia Fina, Malvasia Fina Roxa, Malvasia Rei, Pinot Blanc, Rabo de Ovelha, Semillon, Síria (Roupeiro), Tamarez, Terrantez, Uva-Cão, Verdelho e Verdial Branco.

Tipos de Vinho

Título Alcoométrico Volúmico Mínimo (%vol.)

Estágio Mínimo Obrigatório

(meses)

Tinto
Branco
Rosado
Espumante com Indicação geográfica

No caso de ser utilizada a designação da Sub-Região:
Beira Alta
Beira Litoral
Terras de Sicó

10 Adq.
10 Adq.
10 Adq.
10




10,5 Adq.*
10,5 Adq.*
11 Adq.*

8
6








6

* Vinho Branco, Tinto e Rosado


IVV-ministério agricultura

terça-feira, 29 de maio de 2007

Festival Gastronómico da Serra da Estrela

Há saberes que são tesouros bem guardados, por constituírem a alma de um povo.
São memórias de um tempo, de todos os tempos e que traduzem a maneira de ser e estar das gentes.
Diz-se que a amizade e o amor se conquistam ao redor de uma boa mesa.
Se assim é, entende-se agora a razão de tantos amigos e outros tantos amores que escolheram Gouveia e o seu Concelho como destino predilecto.
Gouveia, é o paraíso da gastronomia serrana.
Num Concelho com 22 Freguesias e uma população de pouco mais de 16.000 almas, existem cerca de 30 restaurantes; todos eles dignos representantes da nossa gastronomia.
Aqui impera o culto da boa mesa. A mestria dos nossos “chefes” transforma produtos simples, mas frescos e de qualidade, em divinos manjares. É este o segredo maior da nossa cozinha.
Depois, temos os vinhos. Esse néctar dos Deuses, produto de vinhedos preguiçosamente espreguiçados em encostas beijadas por um sol generoso.
Quase nos atrevemos a dizer que este nosso Dão, surgiu para expandir ainda mais os sabores da nossa gastronomia.
Entende-se assim, a razão dos muitos peregrinos que durante o ano visitam estes nossos santuários de sabores. Não é já apenas um voto de fé, é uma demonstração de convicções.

Câmara Municipal de Gouveia

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sexta-feira, 20 de abril de 2007

Usos, costumes e tradições da Serra da Estrela

São usos, costumes e tradições que, tal como o artesanato, sublinham a genuinidade do mundo rural da Serra da Estrela a começar no fato dos pastores, feito com a lã das ovelhas, em preto ou amarelo torrado, ou em castanho de serrobeco (Pano grosseiro, duradouro, semelhante ao burel, que se fabricava na zona da Covilhã.).

Ao escutar o tilintar dos rebanhos, ou as notas estridentes do pífaro do pastor e o ladrar roufenho do corpulento cão Serra da Estrela quando algum estranho se aproxima.
Ao descer à aldeia sabendo que todas as terras têm, quase sempre no Verão, as festas da sua Padroeira, cuidadosamente preparadas pelos "mordomos". Podem ver-se os andores, as procissões, o foguetório, a banda da música e as delícias festivas: as cavacas, o queijo, as febras de porco à moda da Feira, o presunto e os enchidos.
No S. Martinho, em Novembro, há a tradição de matar o porquinho e provar o vinho.
Quando se celebra o Natal, o Ano Novo e os Reis ouve-se cantar as Janeiras, de porta em porta.
Depois, quando os campos já cheiram a alecrim e rosmaninho, e depois de cantadas as "ladainhas" da Páscoa, os rebanhos descem às aldeias ou à N. Srª de Assedace e dão três voltas à Igreja para afugentar o "mau olhado".

Actividades económicas

O pastoreio, a agricultura de montanha e os têxteis foram as actividades tradicionais mais responsáveis pela transformação da paisagem natural da Serra da Estrela. Aqui, a presença humana é uma constante.
Na Serra da Estrela, hoje em dia, ainda subsistem mais de cem actividades artesanais de entre as quais podemos referenciar a olaria, tecelagem, pintura, trabalhos em madeira, tanoaria, brinquedos, tapeçarias, indumentárias tradicionais, bordados, linhos, cestaria ou artesanato alimentar dos enchidos, do queijo e das doçarias, entre outros. Muitos dos produtos são produzidos pela sua função utilitária e recriados em miniaturas com uma função decorativa.As peças são produzidas por artesãos que trabalham nas suas próprias casas ou em pequenas unidades de produção artesanal, maior parte das vezes de carácter familiar.


A pastorícia
Atendendo ao acidentado do seu relevo e à natureza do coberto vegetal, com especial relevância para os prados de altitude, a Serra da Estrela foi, ao longo dos séculos, a "mais pastoril" dentre as zonas montanhosas de Portugal. Milhares de cabeças de gado ovino e caprino subiam todos os anos das terras baixas, assim libertas para as culturas de verão, para as pastagens situadas nas zonas mais elevadas. Este movimento transumante estival cessou devido às modernas técnicas de exploração mas, dispersos por todo o planalto, encontram-se numerosos vestígios dessa prática ancestral.

Vime e Verga
O vime e a verga são utilizados para a produção, principalmente, de cestas com vários tamanhos e cada vez mais procuradas para uso doméstico quer pela utilidade, pela sua leveza e valor decorativo.

Madeira
Miniaturas de animais, antigas alfaias agrícolas e, ainda nas marcenarias há o trabalho magnífico de restaurar móveis antigos, de gravar e entalhar a madeira.


Para quem gosta e dá valor ao conforto da lã genuína, tosquiada, cardada e fiada na Serra, há as mantas, há os tapetes, há as passadeiras, tecidas em teares manuais, de onde saem texturas e padrões que as máquinas do nosso tempo não conhecem. a habilidade dos alfaiates, descobrem-se os apreciados casacos de pastor e os coletes em tecido e em pele.

Linho
Tal como a lã, o linho também nasce na Serra, cresce em belas maçarocas e é espadeado antes de passar pelo bater forte e compassado dos teares a tecer lençóis e toalhas de mesa que depois ainda são bordados com mais distinção e arte.

Olaria
Os alguidares, os cântaros, as bilhas, os vasos, os pratos e as figuras tradicionais em barro, ou o valor artístico das cerâmicas pintadas à mão.


Latoarias
Nas latoarias contam-se muitas formas de vasilhas e baldes. Artefactos ligados à produção do Queijo da Serra - o ancinho e a ferrada, ou ao uso do azeite. Outra admirável expressão artesanal são as miniaturas de casas, moinhos de água e lagares em xisto e granito.

Tanoaria
A Tanoaria continua a garantir a produção e reparação dos pipos em madeira de carvalho, onde sempre envelheceram os vinhos do Dão - Sub Região da Serra da Estrela, e a renascerem curiosas miniaturas de barris, baldes, selhas e vasos.

A ovelha Bordaleira
Na Estrela desenvolveu-se uma raça de ovinos perfeitamente definida - BORDALEIRA SERRA DA ESTRELA - destacando-se das suas características, consagradas no Livro Genealógico, as variedades preta e branca, os olhos grandes e expressivos e os cornos em ambos os sexos, enrolados em espiral.É a raça nacional de melhor aptidão leiteira, atingindo-se produções superiores a 500 litros de leite por lactação (220 dias/média). É também muito prolífera e fértil, com um período de actividade sexual que se alarga por todo o ano, sendo contudo a cobrição natural durante a Primavera.

O cão da Serra da Estrela
Também esta raça de cães é o resultado de uma tradição artesanal de preservação genética, sendo considerada como uma das raças caninas mais genuínas e antigas de toda a Península Ibérica.O porte altivo, a estatura elevada, o aspecto sólido e o pêlo espesso, curto ou comprido, a oscilar entre o castanho muito escuro, no focinho e nas orelhas, e o castanho quase dourado no dorso, dá-lhe uma excelente aparência.De comportamento dócil em relação ao dono, inteligência nas funções, bravura na luta com animais selvagens, como o lobo, tornou-o guardador nato de rebanhos. A larga coleira de ferro, crivada de puas, que muitos ainda usam, reflecte todo um passado de luta com o lobo.Hoje em dia - este animal, é muito apreciado como cão de guarda por irradiar calma e, simultaneamente, a impor respeito a estranhos.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Enchidos Serra da Estrela

Os enchidos são tradição da região da Serra da Estrela.

Tudo começava quando as pessoas compravam um porco para criação. Esse servia para matar e de seguida para fazer as farinheiras, as morcelas, chouriças de bofe e as chouriças de carne.
Os porcos são normalmente mortos em Janeiro ou no tempo em que não haja calor.


Como se fazem

As morcelas

Ao matar-se o porco é retido o sangue que sai quente. Esse junta-se com pão aos bocadinhos que se começa a desfazer.
Ao fim de estar desfeito junta-se-lhe pimento doce, pimenta, um pouco de cominhos para dar sabor e azeite, salsa e mexe-se tudo.
Ao fim de tudo pronto deita-se em tripas de vaca que serão cozidas ao lume durante 30 minutos. E estarão prontas a comer.

Chouriças de bofe
Miga-se a carne ensanguentada do porco, a essa junta-se cebola aos bocadinhos, pimento doce, pimenta e cominhos.
Ao fim de tudo junto é deitado nas tripas do porco que foi morto, essas tripas têm que ser lavadas, normalmente são lavadas nas ribeiras com água corrente.
Ao fim de enchidas são secas ao calor do lume durante 5 a 8 dias.

Farinheiras
A farinheira é pão junto com água dos ossos da cabeça cozida do porco.
Ao fim dos ossos cozidos, retira-se a água que é junta com pão aos bocadinhos.
Ao fim do pão estar desfeito junta-se a carne dos ossos da cabeça desfeitos, de seguida pimenta, pimento doce, azeite e cominhos.
Com tudo junto, é deitado em tripas de vaca que serão postas ao calor do lume durante 10 a 15 dias.

Chouriça de Carne
Corta-se a carne do porco aos bocadinhos e juntasse-lhe sal, água, pimento, salsa e cominhos. Todo este tempero fica 4 a 6 dias de descanso, dá-se a isto o nome de “vinha d'alhos”.
Depois do tempo passado é deitado em tripas também de vaca e são secas no calor do lume durante 4 a 6 dias.

Requeijão Serra da Estrela

Muito conhecido e saboroso, o requeijão é obtido a partir do soro que escoa da francela durante a laboração do queijo.

Este soro é aquecido até à ebulição deixando-se depois arrefecer à temperatura ambiente. Obtém-se um preparado líquido com pequenos flocos brancos dispersos que era tradicionalmente distribuído por pequenos cestos de verga fina de castanheiro, hoje substituídos por material higienizável, donde escorre o líquido denominado "sorelho" ou "rescaldão", uma vez escorrido, a massa branca e espessa que resta constitui o requeijão.
Ao seu sabor fresco juntam-se propriedades terapêuticas derivadas do seu alto valor nutritivo, sendo símbolo, por excelência, de uma alimentação saudável.
Poderá, ainda, experimentar o seu excelente sabor acompanhado de mel ou doce de abóbora.
A área geográfica de produção coincide, naturalmente, com a área geográfica de produção do Queijo serra da Estrela - DOP, pelo que abrange os concelhos de Carregal do Sal, Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Gouveia, Mangualde, Manteigas, Nelas, Oliveira do Hospital, Penalva do Castelo e Seia e algumas freguesias dos concelhos de Aguiar da Beira, Arganil, Covilhã, Guarda, Tábua, Tondela, Trancoso e Viseu.

sábado, 7 de abril de 2007

Queijo Serra da Estrela

O Queijo Serra da Estrela é um dos queijos mais afamados, não só em Portugal mas entre os apreciadores de todo o mundo.
A sua produção obedece hoje as normas rígidas e tem região demarcada nos concelhos de Carregal do Sal, Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Gouveia, Mangualde, Manteigas, Nelas, Oliveira do Hospital, Penalva do Castelo e Seia e algumas freguesias dos concelhos de Aguiar da Beira, Arganil, Covilhã, Guarda, Tábua, Tondela, Trancoso e Viseu.
É produzido com leite de ovelha de raça Bordaleira Serra da Estrela e/ou Churra Mondegueira.
Produzido no Inverno, o seu êxito dependia, outrora, da temperatura das mãos das mulheres que o fabricavam nas frias casas de granito típicas da arquitectura da região.
Mantém a forma tradicional de fabrico e revela características atribuíveis ao leite e, portanto, à forma tradicional de maneio das ovelhas.
O seu período de maturação tem normas específicas e é no mínimo de trinta dias.
Consoante a sua maturação torna-se amanteigado (de entorna) ou mais denso.
É um queijo curado de fabrico artesanal, de pasta semimole, amanteigada, branca ou ligeiramente amarelada, uniforme (sem ou com muito poucos olhos), obtido pelo esgotamento lento da coalhada após coagulação do leite de ovelha cru, com cardo "Cynara cardunculus" (planta nativa da região).
A forma é de cilindro baixo com abaulamento lateral e um pouco na face superior, sem bordos definidos.
Apresenta crosta maleável, bem formada, lisa e fina, de cor amarelo-palha uniforme.
Exala aroma intenso e o sabor revela um "bouquet" suave, limpo e ligeiramente acidulado.


O Queijo Serra da Estrela velho é um queijo curado de pasta semidura a extradura, ligeiramente quebradiça, untuosa, de cor alaranjada/acastanhada, com poucos ou nenhuns olhos, obtido por maturação prolongada (mínimo de 120 dias)
Hoje em dia, as pequenas fábricas que o produzem artesanalmente são certificadas, tendo o direito de utilizar a marca DOP (Denominação de Origem Protegida), tendo em vista assegurar ao consumidor a qualidade e autenticidade do produto.
O uso da Denominação de Origem obriga a que o queijo seja produzido de acordo com regras estipuladas, designadamente, as condições de produção de leite, higiene da ordenha, conservação do leite e fabrico do produto.
A rotulagem deve cumprir os requisitos da legislação em vigor, mencionando também a Denominação de Origem.
O Queijo Serra da Estrela deve ostentar a marca de certificação aposta pela respectiva entidade certificadora.
A conservação prolongada do Queijo Serra da Estrela pode ser efectuada a temperaturas inferiores a -1º C, na região de origem, desde que devidamente autorizada pelo agrupamento e controlada pelo organismo privado de controlo e certificação (OPC).
O Queijo Serra da Estrela e o Queijo Serra da Estrela velho apresentam-se no mercado inteiros, pré-embalados ou não. Quando fraccionados, apresentam-se sempre pré-embalados na origem.

domingo, 26 de novembro de 2006

Denominaçao vinícola (DOC DÃO)

Denominações de Origem
DOC DÃO
Documentos do séc. XII mostram que a actividade vinícola do passado apresenta flagrantes pontos de contacto com a do presente, revelando todo o peso social e cultural que o vinho sempre assumiu na Região.A importância desta actividade na Idade Média, particularmente entre os séculos XII e XV, após a reconquista cristã e através das ordens religiosas, contribuiu para o desenvolvimento económico, onde o vinho constituía uma das principais fontes de rendimento.A alta qualidade destes vinhos e o seu crescente valor económico determinaram a demarcação desta região em 1908.Para além dos vinhos tintos, brancos e rosados esta região apresenta, também, uma tradicional vocação para a produção de espumantes naturais.

LEGISLAÇÃO BASE
Decreto-Lei N.º 376/93, de 5 de Novembro e Decreto Lei N.º 103/2000, de 2 de Junho.



ÁREA GEOGRÁFICA

A área geográfica correspondente à Denominação de Origem controlada Dão abrange os concelhos de Arganil, Oliveira do Hospital e Tábua, do distrito de Coimbra;os concelhos de Aguiar da Beira, Fornos de Algodres, Gouveia e Seia, do distrito da Guarda;os concelhos de Carregal do Sal, Mangualde, Mortágua, Nelas, Penalva do Castelo, Santa Comba Dão, Sátão, Tondela e Viseu (freguesias de Abraveses, Barreiros, Boaldeia, Cavernães, Cepões, Coração de Jesus, Côta, Couto de Baixo, Couto de Cima, Fail, Farminhão, Fragosela, Mundão, Orgens, Povolide, Ranhados, Repeses, Rio de Loba, Santa Maria de Viseu, Santos Evos, São Cipriano, São João da Lourosa, São José, São Pedro de France, São Salvador, Silgueiros, Torredeita, Vila de Soito e Vila Chã de Sá), do distrito de Viseu.


Sub-Região Serra da Estrela
Os concelhos de Gouveia (freguesias de Arcozelo da Serra, Cativelos, Figueiró da Serra, Freixo da Serra, Lagarinhos, Melo, Moimenta da Serra, Nabais, Nespereira, Paços da Serra, Ribamondego, Rio Torto, São Julião, São Paio, São Pedro, Vila Cortez da Serra, Vila Franca da Serra, Vila Nova de Tázem e Vinhó) e Seia (freguesias de Carragosela, Folhadosa, Girabolhos, Lages, Paranhos da Beira, Pinhanços, São Martinho, São Romão, Sameice, Sandomil, Santa Comba de Seia, Santa Eulália, Santa Marinha, Santiago, Seia, Torrozelo, Tourais, Travancinha e Várzea de Meruge).

CASTAS RECOMENDADAS
Tintas
Alfrocheiro, Alvarelhão, Aragonez (Tinta Roriz), Bastardo, Jaen, Rufete, Tinto Cão, Touriga Nacional e Trincadeira (Tinta Amarela).
Brancas
Barcelo, Bical, Cercial, Encruzado, Malvasia Fina, Rabo de Ovelha, Terrantez, Uva Cão e Verdelho.
DOC Dão com designação "Nobre"
Touriga Nacional num mínimo de 15%, Alfrocheiro, Aragonez (Tinta Roriz), Jaen e Rufete, no conjunto ou em separado, até 85%.
Encruzado num mínimo de 15%, Bical, Cercial, Malvasia Fina e Verdelho, no conjunto ou em separado, até 85%.


CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉPTICAS
Vinhos Tintos
Cintilantes, de cor rubi, encorpados, de aroma e sabor delicados. Envelhecem com extraordinária nobreza ganhando um bouquet esplendoroso, que os torna suaves e aveludados.
Vinhos Brancos
Caracterizam-se pela sua leveza e frescura, apresentando uma cor amarela citrina, aroma suave e sabor frutado.
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PRODUTO * MÁX(HL/HA) * ****** % VOL. **** ESTÁGIO (MESES)
VQPRD

TINTO********60*********11**************5 maio ano seguinte
**************************11.5 (garrafeira) *36 (12 em garrafa)
**************************11.5 (reserva)****24
NOBRE*******************12**************36
**************************12.5 (garrafeira)**48 (18 em garrafa)
**************************12.5 (reserva)****42

NOVO********************10.5

CLARETE*****************11***************6

BRANCO*******80********11
**************************11.5 (garrafeira)*12 (6 em garrafa)
**************************11.5 (reserva)***12
NOBRE*******************11.5************12
**************************12 (garrafeira)***18 (9 em garrafa)
**************************12 (reserva)*****12
ROSADO*******70*********11

VEQPRD*******80*********11**************9
(espumante)

* Para a campanha 2001-2002, o rendimento máximo das vinhas destinadas à produção de vinhos tinto e rosado com direito à Denominação de Origem Dão, é de 75 hl por ha. A produção excedentária pode ser destinada a Vinho Regional Beiras.
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ENTIDADE CERTIFICADORA
A certificação da DOC Dão é feita pela Comissão Vitivinícola Regional do Dão-FVD.

quinta-feira, 23 de novembro de 2006

Gastronomia

Feijoada com Entrecosto, Feijoca à Pastor, Cabrito Assado, Alambicada de Cabrito ou Borrego, Lagarada, Espetadas em Vinha d´alhos, Entrecosto Cozido com Grelos e Chouriço de Bofe, Javali Assado, Cabidela de Javali, Morcela Frita com Grelos, Arroz de Carqueja com Entrecosto, Arroz com Míscaros, Bacalhau com Broa, Trutas da Serra Grelhadas, Trutas de Escabeche, Torresmos da Beira, Caldo Verde com Bagulhos, Sopa da Aldeia com Feijão Encarnado, Caldo de Castanhas, Sopa Serrana, Sopa de Bacalhau, Morcela e outros Enchidos, Presunto Serrano, Bôlas de Carne.

Mel da Serra da Estrela, Mel de Urze, Requeijão com ou sem Doce de Abóbora, Arroz Doce, Leite-creme, Bolos de Azeite, Bolo de Ovos, Castanha Assada, Queijeta, Requeijão e o famoso Queijo da Serra (leite de ovelha).