quinta-feira, 26 de abril de 2007

Campeonatos Distritais - 28 e 29 de Abril


Taça Distrital Júniores Feminino
.
5ª jornada - Courelas Sports C Campo ( 0 - 16 ) F D Laura Santos
25/04/2007 11 horas
6ª jornada - Ass. P. S. A. D. Guarda 2000 A ( - ) F D Laura Santos
7ª jornada - Folga

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Campeonato Distrital Infantis

12ª jornada - F D Laura Santos ( 3 - 4 ) Ass.Cd V.F.Naves

29/04/2007
13ª jornada - F D Laura Santos ( - ) U. D. Os Pinhelenses

Classificações


História do 1º de Maio

No dia 1 de Maio de 1886 realizou-se uma manifestação de trabalhadores nas ruas de Chicago nos Estados Unidos da América. Essa manifestação tinha como finalidade reivindicar a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias e teve a participação de centenas de milhares de pessoas. Nesse dia teve início uma greve geral nos EUA. No dia 3 de Maio houve um pequeno levantamento que acabou com uma escaramuça com a polícia e com a morte de alguns protestantes. No dia seguinte, 4 de Maio, uma nova manifestação foi organizada como protesto pelos acontecimentos dos dias anteriores, tendo terminado com o lançamento de uma bomba por desconhecidos para o meio dos policiais que começavam a dispersar os manifestantes, matando sete agentes. A polícia abriu então fogo sobre a multidão, matando doze pessoas e ferindo dezenas. Estes acontecimentos passaram a ser conhecidos como a Revolta de Haymarket.
Três anos mais tarde, a
20 de Junho de 1889, a segunda Internacional Socialista reunida em Paris decidiu por proposta de Raymond Lavigne convocar anualmente uma manifestação com o objectivo de lutar pelas 8 horas de trabalho diário. A data escolhida foi o 1º de Maio, como homenagem às lutas sindicais de Chicago. Em 1 de Maio de 1891 uma manifestação no norte de França é dispersada pela polícia resultando na morte de dez manifestantes. Esse novo drama serve para reforçar o dia como um dia de luta dos trabalhadores e meses depois a Internacional Socialista de Bruxelas proclama esse dia como dia internacional de reivindicação de condições laborais.
A
23 de Abril de 1919 o senado francês ratifica o dia de 8 horas e proclama o dia 1 de Maio desse ano dia feriado. Em 1920 a Rússia adota o 1º de Maio como feriado nacional, e este exemplo é seguido por muitos outros países.
Nos Açores à a tradição dos "Maios" que são bonecos que as pessoas fazem com panos ou mesmo com bonecos que têm em casa e colocam nas varandas ou nas janelas. No dia 1 de Maio as pessoas saem à rua e vão ver os "Maios".


Wikipédia

quarta-feira, 25 de abril de 2007

História do 25 de Abril

O levantamento militar do dia 25 de Abril de 1974 derrubou, num só dia, o regime político que vigorava em Portugal desde 1926, sem grande resistência das forças leais ao governo, que cederam perante o movimento popular que rapidamente apoiou os militares. Este levantamento é conhecido por 25 de Abril ou Revolução dos Cravos. O levantamento foi conduzido pelos oficiais intermédios da hierarquia militar (o MFA), na sua maior parte capitães que tinham participado na Guerra Colonial. Considera-se, em termos gerais, que esta revolução devolveu a liberdade ao povo português (denominando-se "Dia da Liberdade" o feriado instituído em Portugal para comemorar a revolução).

Antecedentes
Na sequência do golpe militar de 28 de Maio de 1926, foi implementado em Portugal um regime autoritário de inspiração fascista. Em 1933 o regime é remodelado, auto-denominado-se Estado Novo e Oliveira Salazar passou a controlar o país, não mais abandonando o poder até 1968, quando este lhe foi retirado por incapacidade, na sequência de uma queda em que sofreu lesões cerebrais. Foi substituído por Marcello Caetano que dirigiu o país até ser deposto no 25 de Abril de 1974.
Sob o governo do Estado Novo, Portugal foi sempre considerado uma ditadura, quer pela oposição, quer pelos observadores estrangeiros quer mesmo pelos próprios dirigentes do regime. Formalmente, existiam eleições, mas estas foram sempre contestadas pela oposição, que sempre acusaram o governo de fraude eleitoral e de desrepeito pelo dever de imparcialidade.
O Estado Novo possuía uma polícia política, a
PIDE (Polícia Internacional e de Defesa do Estado), mais tarde DGS (Direcção-Geral de Segurança) e, no início, PVDE (Polícia de Vigilância e Defesa do Estado), que perseguia os opositores do regime. De acordo com a visão da história dos ideólogos do regime, o país manteve uma política baseada na manutenção das colónias do "Ultramar", ao contrário da maior parte dos países europeus que então desfaziam os seus impérios coloniais. Apesar da contestação nos fóruns mundiais, como na ONU, Portugal manteve uma política de força, tendo sido obrigado, a partir do início dos anos 60, a defender militarmente as colónias contra os grupos independentistas em Angola, Guiné e Moçambique.
Economicamente, o regime manteve uma política de condicionamento industrial que resultava no monopólio do mercado português por parte de alguns grupos industriais e financeiros (a acusação de plutocracia é frequente). O país permaneceu pobre até à década de 1960, o que estimulou a emigração. Nota-se, contudo, um certo desenvolvimento económico a partir desta década.



A Guerra do Ultramar, um dos precedentes para a revolução






Preparação
A primeira reunião clandestina de capitães foi realizada em
Bissau, em 21 de Agosto de 1973. Uma nova reunião, em 9 de Setembro de 1973 no Monte Sobral (Alcáçovas) dá origem ao Movimento das Forças Armadas. No dia 5 de Março de 1974 é aprovado o primeiro documento do movimento: "Os Militares, as Forças Armadas e a Nação". Este documento é posto a circular clandestinamente. No dia 14 de Março o governo demite os generais Spínola e Costa Gomes dos cargos de Vice-Chefe e Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, alegadamente, por estes se terem recusado a participar numa cerimónia de apoio ao regime. No entanto, a verdadeira causa da expulsão dos dois Generais foi o facto do primeiro ter escrito, com a cobertura do segundo, um livro, "Portugal e o Futuro", no qual, pela primeira vez uma alta patente advogava a necessidade de uma solução política para as revoltas separatistas nas colónias e não uma solução militar. No dia 24 de Março a última reunião clandestina decide o derrube do regime pela força.













Movimentações Militares


24 de Abril
No final do dia
24 de Abril de 1974, um grupo de militares comandados por Otelo Saraiva de Carvalho instalou secretamente o posto de comando do movimento golpista no quartel da Pontinha, em Lisboa. Entre eles estavam também o comandante Vítor Crespo, o major Sanches Osório, o major Garcia dos Santos e o major Hugo dos Santos.
22:55
É transmitida a canção ”
E depois do Adeus”, de Paulo de Carvalho, pelos Emissores Associados de Lisboa emitida por Luís Filipe Costa. Este foi a primeira das senhas previamente combinadas pelos golpistas para sincronizar as operações.
25 de Abril
00:20
É dada a segunda senha, quando foi transmitida a canção ”
Grândola Vila Morena“ de José Afonso, pelo programa Limite da Rádio Renascença. Este sinal confirma o sucesso das operações e comanda o avanço das forças sobre os seus objectivos. O locutor de serviço nessa emissão foi Leite de Vasconcelos, jornalista e poeta moçambicano.Em seguida foram lidos poemas de Carlos Albino, jornalista do República e colaborador do programa.
00:30
Os militares do
MFA ocupam a Escola Prática de Administração Militar.
01:00
É tomada a Escola Prática de Cavalaria de
Santarém, ao mesmo tempo que se inicia a movimentação de tropas em Estremoz, Figueira da Foz, Lamego, Lisboa, Mafra, Tomar, Vendas Novas, Viseu, e outros pontos do país.
03:00
As forças revoltosas, numa acção sincronizada, iniciam a ocupação dos pontos da capital considerados vitais para o sucesso da operação: o
Aeroporto de Lisboa, o Rádio Clube Português, a Emissora Nacional, a RTP e a Rádio Marconi. Todos este alvos serão ocupados sem resistência significativa.
No Norte, uma força do CICA 1 liderada pelo Tenente-Coronel
Carlos Azeredo toma o Quartel General da Região Militar do Porto. Mais tarde estas forças são reforçadas por forças vindas de Lamego. Forças do BC9 de Viana do Castelo tomam o Aeroporto de Pedras Rubras.
03:30
Os militares do MFA iniciam o cerco ao Quartel-General da Região Militar de Lisboa, em
São Sebastião da Pedreira.
04:00
Devido à falta de noticias sobre o controlo do Aeroporto de Lisboa, é adiada a transmissão do primeiro comunicado do Movimento, prevista para esta hora no RCP.
04:15
O regime reagiu, com o ministro da Defesa a ordenar a forças sedeadas em
Braga para avançarem sobre o Porto, com o objectivo de recuperar o Quartel-General, mas estas forças tinham aderido ao MFA e ignoraram as ordens.
04:20
As forças da Escola Prática de Infantaria de Mafra controlam o aeroporto de Lisboa que é encerrado. O tráfego aéreo é reencaminhado para
Madrid e Las Palmas.
04:26
Leitura do primeiro comunicado do MFA, pela voz do jornalista
Joaquim Furtado, aos microfones do Rádio Clube Português:
“Aqui posto de comando do Movimento das Forças Armadas.
As Forças Armadas portuguesas apelam a todos os habitantes da cidade de Lisboa no sentido de recolherem a suas casas, nas quais se devem conservar com a máxima calma. Esperamos sinceramente que a gravidade da hora que vivemos não seja tristemente assinalada por qualquer acidente pessoal, para o que apelamos para o bom senso dos comandos das forças militarizadas, no sentido de serem evitados quaisquer confrontos com as Forças Armadas. Tal confronto, além de desnecessário, só poderá conduzir a sérios prejuízos individuais que enlutariam e criariam divisões entre os Portugueses, o que há que evitar a todo o custo. Não obstante a expressa preocupação de não fazer correr a mínima gota de sangue de qualquer português, apelamos para o espírito cívico e profissional da classe médica, esperando a sua acorrência aos hospitais, a fim de prestar a sua eventual colaboração, que se deseja, sinceramente, desnecessária.”

Após a leitura do comunicado, foi tocada
A Portuguesa, prosseguindo a emissão com a passagem de marchas militares, entre as quais a marcha "A Life on the Ocean Waves" de Henry Russell (1812-1900), que haveria de ser adoptada como hino do MFA.
04:20
O Aeroporto Militar de Figo Maduro (Aerodromo de Transito nº. 1), adjacente ao Aeroporto de Lisboa, foi ocupado por um só homem, o capitao piloto-aviador Costa Martins. Controlado o AT1, com o "bluff" de que se encontrava cercado por uma Companhia da Escola Prática de Infantaria, o capitão Costa Martins dirigiu-se à torre de controlo do aeroporto de Lisboa, com o mesmo "bluff" e deu ordens de encerrar todo o trafego aéreo instruindo o ATC no sentido de divulgar um "NOTAM" que oficializou o encerramento da FIR de Lisboa e de todos os sobrevoos e ou operações aereas civis em Portugal. Costa Martins seria mais tarde difamado e vilipendiado sendo a sua promoção suspensa e afastado da Força Aérea. Após um longo processo judicial que chegou ao Supremo Tribunal de Justiça o capitão Costa Martins foi reintegrado e promovido a coronel, o posto que teria se nunca tivesse sido afastado.
04:45
Leitura do segundo comunicado do MFA, na antena do RCP:
“A todos os elementos das forças militarizadas e policiais o comando do Movimento das Forças Armadas aconselha a máxima prudência, a fim de serem evitados quaisquer recontros perigosos. Não há intenção deliberada de fazer correr sangue desnecessário, mas tal acontecerá caso alguma provocação se venha a verificar.
Apelamos, portanto, para que regressem imediatamente aos seus quartéis, aguardando as ordens que lhes serão dadas pelo M. F. A.
Serão severamente responsabilizados todos os comandos que tentarem por qualquer forma conduzir os seus subordinados à luta com as Forças Armadas.”

05:15
É lido o terceiro comunicado do MFA:
“Para que a gravidade da hora que vivemos não seja tristemente assinalada por qualquer acidente pessoal, apelamos para o bom senso dos comandos das Forças Militarizadas no sentido de serem evitados confrontos com as Forças Armadas. Tal confronto, além de desnecessário, só poderá conduzir a sérios prejuízos individuais que enlutariam e criariam divisões entre os portugueses, o que há que evitar a todo o custo. Não obstante a expressa preocupação de não fazer correr a mínima gota de sangue de qualquer português, apelamos para o espírito cívico e profissional da classe médica, esperando a sua ocorrência aos hospitais a fim de prestar a sua eventual colaboração, que se deseja sinceramente desnecessária.
A todos os elementos das Forças Militarizadas e policiais, o Comando do Movimento das Forças Armadas aconselha a máxima prudência, a fim de serem evitados quaisquer recontros perigosos. Não há intenção deliberada de fazer correr sangue desnecessariamente, mas tal acontecerá caso alguma provocação se venha a verificar.
Apelamos, portanto, para que regressem imediatamente aos seus quartéis, aguardando as ordem que lhes serão dadas pelo Movimento das Forças Armadas. Serão severamente responsabilizados todos os comandos que tentarem por qualquer forma conduzir os seus subordinados à luta com as Forças Armadas.
Informa-se a população de que, no sentido de evitar todo e qualquer incidente ainda que involuntário, deverá recolher a suas casas, mantendo absoluta calma. A todos os elementos das forças militarizadas, nomeadamente às forças da G.N.R. e P.S.P. e ainda às Forças da Direcção-Geral de Segurança e Legião Portuguesa, que abusivamente foram recrutadas, lembra-se o seu dever cívico de contribuírem para a manutenção da ordem pública, o que, na presente situação, só poderá ser alcançado se não for oposta qualquer reacção às Forças Armadas. Tal reacção nada teria de vantajoso, pois conduziria a um indesejável derramamento de sangue, que em nada contribuiria para a união de todos os portugueses. Embora estando crentes no bom senso e no civismo de todos os portugueses, no sentido de evitarem todo e qualquer recontro armado, apelamos para que os médicos e o pessoal de enfermagem se apresentem em todos os hospitais para uma colaboração que fazemos votos seja desnecessária.”

06:45
Quarto comunicado do MFA:
“Aqui Posto de Comando do Movimento das Forças Armadas.
Atenção elementos das forças militarizadas e policiais. Uma vez que as Forças Armadas decidiram tomar a seu cargo a presente situação, será considerado delito grave qualquer oposição das forças militarizadas e policiais às unidades militares que cercam a cidade de Lisboa. A não obediência a este aviso poderá provocar um inútil derramamento de sangue, cuja responsabilidade lhes será inteiramente atribuída. Deverão, por conseguinte, conservar-se dentro dos seus quartéis até receberem ordens do Movimento das Forças Armadas. Os comandos das forças militarizadas e policiais serão severamente responsabilizados, caso incitem os seus subordinados à luta armada.”

07:30
Quinto comunicado do MFA:
“Aqui posto de comando das Forças Armadas.
Conforme tem sido transmitido, as Forças Armadas desencadearam, na madrugada de hoje, uma série de acções com vista à libertação do País do regime que há longo tempo o domina.
Nos seus comunicados as F. A. têm apelado para a não intervenção das forças policiais, com o objectivo de se evitar derramamento de sangue. Embora este desejo se mantenha firme, não se hesitará em responder, decidida e implacavelmente, a qualquer oposição que se venha a manifestar.
Consciente de que interpreta verdadeiros sentimentos da Nação, o M. F. A. prosseguirá na sua acção libertadora, e pede à população que se mantenha calma e que recolha às suas residências.
Viva Portugal.”

08:45
Sexto comunicado do MFA, desta vez aos microfones da
Emissora Nacional.
“As Forças Armadas iniciaram uma série de acções com vista à libertação do País do regime que há longo tempo o domina. Nos seus comunicados, as Forças Armadas têm apelado para a não intervenção das forças policiais, com o objectivo de se evitar derramamento de sangue. Embora este desejo se mantenha firme, não se hesitará em responder, decidida e implacavelmente, a qualquer oposição que venha a manifestar-se. Consciente de que interpreta os verdadeiros sentimentos da nação, o movimento das Forças Armadas prosseguirá na sua acção libertadora e pede à população que se mantenha calma e que recolha às suas residências.
Viva Portugal!”

16:00
Forças do CIOE controlam as instalações da
RTP do Monte da Virgem e do RCP, no Porto.

No dia seguinte, forma-se a
Junta de Salvação Nacional, constituída por militares, e que procederá a um governo de transição. O essencial do programa do MFA é, amiúde, resumido no programa dos três D: Democratizar, Descolonizar, Desenvolver.
Entre as medidas imediatas da revolução contam-se a extinção da polícia política (PIDE/DGS) e da Censura. Os sindicatos livres e os partidos foram legalizados. Só a 26 foram libertados os presos políticos, da
Prisão de Caxias e de Peniche. Os líderes políticos da oposição no exílio voltaram ao país nos dias seguintes. Passada uma semana, o 1º de Maio foi celebrado legalmente nas ruas pela primeira vez em muitos anos. Em Lisboa reuniram-se cerca de um milhão de pessoas.
Portugal passou por um período conturbado que durou cerca de 2 anos, comummente referido como
PREC (Processo Revolucionário Em Curso), marcado pela luta entre a esquerda e a direita. Foram nacionalizadas as grandes empresas. Foram igualmente "saneadas" e muitas vezes forçadas ao exílio personalidades que se identificavam com o Estado Novo. No dia 25 de Abril de 1975 realizaram-se as primeiras eleições livres, para a Assembleia Constituinte, que foram ganhas pelo PS. Na sequência dos trabalhos desta assembleia foi elaborada uma nova Constituição, de forte pendor socialista, e estabelecida uma democracia parlamentar de tipo ocidental. A constituição foi aprovada em 1976 pela maioria dos deputados, abstendo-se apenas o CDS.
A guerra colonial acabou e, durante o
PREC, as colónias africanas e Timor-Leste tornaram-se independentes.


O cravo tornou-se o símbolo da Revolução de Abril de 1974; Com o amanhecer as pessoas começaram a juntar-se nas ruas, apoiando os soldados revoltosos; alguém (existem várias versões, sobre quem terá sido, mas uma delas é que uma florista contratada para levar cravos para a abertura de um hotel, foi vista por um soldado que pôs um cravo na espingarda, e em seguida todos o fizeram), começou a distribuir cravos vermelhos pelos soldados que depressa os colocaram nos canos das espingardas.

Wikipédia

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Usos, costumes e tradições da Serra da Estrela

São usos, costumes e tradições que, tal como o artesanato, sublinham a genuinidade do mundo rural da Serra da Estrela a começar no fato dos pastores, feito com a lã das ovelhas, em preto ou amarelo torrado, ou em castanho de serrobeco (Pano grosseiro, duradouro, semelhante ao burel, que se fabricava na zona da Covilhã.).

Ao escutar o tilintar dos rebanhos, ou as notas estridentes do pífaro do pastor e o ladrar roufenho do corpulento cão Serra da Estrela quando algum estranho se aproxima.
Ao descer à aldeia sabendo que todas as terras têm, quase sempre no Verão, as festas da sua Padroeira, cuidadosamente preparadas pelos "mordomos". Podem ver-se os andores, as procissões, o foguetório, a banda da música e as delícias festivas: as cavacas, o queijo, as febras de porco à moda da Feira, o presunto e os enchidos.
No S. Martinho, em Novembro, há a tradição de matar o porquinho e provar o vinho.
Quando se celebra o Natal, o Ano Novo e os Reis ouve-se cantar as Janeiras, de porta em porta.
Depois, quando os campos já cheiram a alecrim e rosmaninho, e depois de cantadas as "ladainhas" da Páscoa, os rebanhos descem às aldeias ou à N. Srª de Assedace e dão três voltas à Igreja para afugentar o "mau olhado".

Actividades económicas

O pastoreio, a agricultura de montanha e os têxteis foram as actividades tradicionais mais responsáveis pela transformação da paisagem natural da Serra da Estrela. Aqui, a presença humana é uma constante.
Na Serra da Estrela, hoje em dia, ainda subsistem mais de cem actividades artesanais de entre as quais podemos referenciar a olaria, tecelagem, pintura, trabalhos em madeira, tanoaria, brinquedos, tapeçarias, indumentárias tradicionais, bordados, linhos, cestaria ou artesanato alimentar dos enchidos, do queijo e das doçarias, entre outros. Muitos dos produtos são produzidos pela sua função utilitária e recriados em miniaturas com uma função decorativa.As peças são produzidas por artesãos que trabalham nas suas próprias casas ou em pequenas unidades de produção artesanal, maior parte das vezes de carácter familiar.


A pastorícia
Atendendo ao acidentado do seu relevo e à natureza do coberto vegetal, com especial relevância para os prados de altitude, a Serra da Estrela foi, ao longo dos séculos, a "mais pastoril" dentre as zonas montanhosas de Portugal. Milhares de cabeças de gado ovino e caprino subiam todos os anos das terras baixas, assim libertas para as culturas de verão, para as pastagens situadas nas zonas mais elevadas. Este movimento transumante estival cessou devido às modernas técnicas de exploração mas, dispersos por todo o planalto, encontram-se numerosos vestígios dessa prática ancestral.

Vime e Verga
O vime e a verga são utilizados para a produção, principalmente, de cestas com vários tamanhos e cada vez mais procuradas para uso doméstico quer pela utilidade, pela sua leveza e valor decorativo.

Madeira
Miniaturas de animais, antigas alfaias agrícolas e, ainda nas marcenarias há o trabalho magnífico de restaurar móveis antigos, de gravar e entalhar a madeira.


Para quem gosta e dá valor ao conforto da lã genuína, tosquiada, cardada e fiada na Serra, há as mantas, há os tapetes, há as passadeiras, tecidas em teares manuais, de onde saem texturas e padrões que as máquinas do nosso tempo não conhecem. a habilidade dos alfaiates, descobrem-se os apreciados casacos de pastor e os coletes em tecido e em pele.

Linho
Tal como a lã, o linho também nasce na Serra, cresce em belas maçarocas e é espadeado antes de passar pelo bater forte e compassado dos teares a tecer lençóis e toalhas de mesa que depois ainda são bordados com mais distinção e arte.

Olaria
Os alguidares, os cântaros, as bilhas, os vasos, os pratos e as figuras tradicionais em barro, ou o valor artístico das cerâmicas pintadas à mão.


Latoarias
Nas latoarias contam-se muitas formas de vasilhas e baldes. Artefactos ligados à produção do Queijo da Serra - o ancinho e a ferrada, ou ao uso do azeite. Outra admirável expressão artesanal são as miniaturas de casas, moinhos de água e lagares em xisto e granito.

Tanoaria
A Tanoaria continua a garantir a produção e reparação dos pipos em madeira de carvalho, onde sempre envelheceram os vinhos do Dão - Sub Região da Serra da Estrela, e a renascerem curiosas miniaturas de barris, baldes, selhas e vasos.

A ovelha Bordaleira
Na Estrela desenvolveu-se uma raça de ovinos perfeitamente definida - BORDALEIRA SERRA DA ESTRELA - destacando-se das suas características, consagradas no Livro Genealógico, as variedades preta e branca, os olhos grandes e expressivos e os cornos em ambos os sexos, enrolados em espiral.É a raça nacional de melhor aptidão leiteira, atingindo-se produções superiores a 500 litros de leite por lactação (220 dias/média). É também muito prolífera e fértil, com um período de actividade sexual que se alarga por todo o ano, sendo contudo a cobrição natural durante a Primavera.

O cão da Serra da Estrela
Também esta raça de cães é o resultado de uma tradição artesanal de preservação genética, sendo considerada como uma das raças caninas mais genuínas e antigas de toda a Península Ibérica.O porte altivo, a estatura elevada, o aspecto sólido e o pêlo espesso, curto ou comprido, a oscilar entre o castanho muito escuro, no focinho e nas orelhas, e o castanho quase dourado no dorso, dá-lhe uma excelente aparência.De comportamento dócil em relação ao dono, inteligência nas funções, bravura na luta com animais selvagens, como o lobo, tornou-o guardador nato de rebanhos. A larga coleira de ferro, crivada de puas, que muitos ainda usam, reflecte todo um passado de luta com o lobo.Hoje em dia - este animal, é muito apreciado como cão de guarda por irradiar calma e, simultaneamente, a impor respeito a estranhos.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Enchidos Serra da Estrela

Os enchidos são tradição da região da Serra da Estrela.

Tudo começava quando as pessoas compravam um porco para criação. Esse servia para matar e de seguida para fazer as farinheiras, as morcelas, chouriças de bofe e as chouriças de carne.
Os porcos são normalmente mortos em Janeiro ou no tempo em que não haja calor.


Como se fazem

As morcelas

Ao matar-se o porco é retido o sangue que sai quente. Esse junta-se com pão aos bocadinhos que se começa a desfazer.
Ao fim de estar desfeito junta-se-lhe pimento doce, pimenta, um pouco de cominhos para dar sabor e azeite, salsa e mexe-se tudo.
Ao fim de tudo pronto deita-se em tripas de vaca que serão cozidas ao lume durante 30 minutos. E estarão prontas a comer.

Chouriças de bofe
Miga-se a carne ensanguentada do porco, a essa junta-se cebola aos bocadinhos, pimento doce, pimenta e cominhos.
Ao fim de tudo junto é deitado nas tripas do porco que foi morto, essas tripas têm que ser lavadas, normalmente são lavadas nas ribeiras com água corrente.
Ao fim de enchidas são secas ao calor do lume durante 5 a 8 dias.

Farinheiras
A farinheira é pão junto com água dos ossos da cabeça cozida do porco.
Ao fim dos ossos cozidos, retira-se a água que é junta com pão aos bocadinhos.
Ao fim do pão estar desfeito junta-se a carne dos ossos da cabeça desfeitos, de seguida pimenta, pimento doce, azeite e cominhos.
Com tudo junto, é deitado em tripas de vaca que serão postas ao calor do lume durante 10 a 15 dias.

Chouriça de Carne
Corta-se a carne do porco aos bocadinhos e juntasse-lhe sal, água, pimento, salsa e cominhos. Todo este tempero fica 4 a 6 dias de descanso, dá-se a isto o nome de “vinha d'alhos”.
Depois do tempo passado é deitado em tripas também de vaca e são secas no calor do lume durante 4 a 6 dias.

Requeijão Serra da Estrela

Muito conhecido e saboroso, o requeijão é obtido a partir do soro que escoa da francela durante a laboração do queijo.

Este soro é aquecido até à ebulição deixando-se depois arrefecer à temperatura ambiente. Obtém-se um preparado líquido com pequenos flocos brancos dispersos que era tradicionalmente distribuído por pequenos cestos de verga fina de castanheiro, hoje substituídos por material higienizável, donde escorre o líquido denominado "sorelho" ou "rescaldão", uma vez escorrido, a massa branca e espessa que resta constitui o requeijão.
Ao seu sabor fresco juntam-se propriedades terapêuticas derivadas do seu alto valor nutritivo, sendo símbolo, por excelência, de uma alimentação saudável.
Poderá, ainda, experimentar o seu excelente sabor acompanhado de mel ou doce de abóbora.
A área geográfica de produção coincide, naturalmente, com a área geográfica de produção do Queijo serra da Estrela - DOP, pelo que abrange os concelhos de Carregal do Sal, Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Gouveia, Mangualde, Manteigas, Nelas, Oliveira do Hospital, Penalva do Castelo e Seia e algumas freguesias dos concelhos de Aguiar da Beira, Arganil, Covilhã, Guarda, Tábua, Tondela, Trancoso e Viseu.

sábado, 7 de abril de 2007

Queijo Serra da Estrela

O Queijo Serra da Estrela é um dos queijos mais afamados, não só em Portugal mas entre os apreciadores de todo o mundo.
A sua produção obedece hoje as normas rígidas e tem região demarcada nos concelhos de Carregal do Sal, Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Gouveia, Mangualde, Manteigas, Nelas, Oliveira do Hospital, Penalva do Castelo e Seia e algumas freguesias dos concelhos de Aguiar da Beira, Arganil, Covilhã, Guarda, Tábua, Tondela, Trancoso e Viseu.
É produzido com leite de ovelha de raça Bordaleira Serra da Estrela e/ou Churra Mondegueira.
Produzido no Inverno, o seu êxito dependia, outrora, da temperatura das mãos das mulheres que o fabricavam nas frias casas de granito típicas da arquitectura da região.
Mantém a forma tradicional de fabrico e revela características atribuíveis ao leite e, portanto, à forma tradicional de maneio das ovelhas.
O seu período de maturação tem normas específicas e é no mínimo de trinta dias.
Consoante a sua maturação torna-se amanteigado (de entorna) ou mais denso.
É um queijo curado de fabrico artesanal, de pasta semimole, amanteigada, branca ou ligeiramente amarelada, uniforme (sem ou com muito poucos olhos), obtido pelo esgotamento lento da coalhada após coagulação do leite de ovelha cru, com cardo "Cynara cardunculus" (planta nativa da região).
A forma é de cilindro baixo com abaulamento lateral e um pouco na face superior, sem bordos definidos.
Apresenta crosta maleável, bem formada, lisa e fina, de cor amarelo-palha uniforme.
Exala aroma intenso e o sabor revela um "bouquet" suave, limpo e ligeiramente acidulado.


O Queijo Serra da Estrela velho é um queijo curado de pasta semidura a extradura, ligeiramente quebradiça, untuosa, de cor alaranjada/acastanhada, com poucos ou nenhuns olhos, obtido por maturação prolongada (mínimo de 120 dias)
Hoje em dia, as pequenas fábricas que o produzem artesanalmente são certificadas, tendo o direito de utilizar a marca DOP (Denominação de Origem Protegida), tendo em vista assegurar ao consumidor a qualidade e autenticidade do produto.
O uso da Denominação de Origem obriga a que o queijo seja produzido de acordo com regras estipuladas, designadamente, as condições de produção de leite, higiene da ordenha, conservação do leite e fabrico do produto.
A rotulagem deve cumprir os requisitos da legislação em vigor, mencionando também a Denominação de Origem.
O Queijo Serra da Estrela deve ostentar a marca de certificação aposta pela respectiva entidade certificadora.
A conservação prolongada do Queijo Serra da Estrela pode ser efectuada a temperaturas inferiores a -1º C, na região de origem, desde que devidamente autorizada pelo agrupamento e controlada pelo organismo privado de controlo e certificação (OPC).
O Queijo Serra da Estrela e o Queijo Serra da Estrela velho apresentam-se no mercado inteiros, pré-embalados ou não. Quando fraccionados, apresentam-se sempre pré-embalados na origem.

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Jogadoras da Fundação de novo chamadas à Selecção de Sub-19

Ana Borges e Sílvia Rebelo, da Fundação Dona Laura dos Santos, foram, mais uma vez, chamadas aos trabalhos da selecção nacional feminina de Sub-19, desta vez para participarem no II torneio de apuramento para o Campeonato da Europa.
Este Torneio realiza-se em França, entre os dias 9 e 14 de Abril de 2007.
Portugal pertence ao Grupo 2 onde estão também as equipas da França, Holanda e Républica da Irlanda.

Jogos a realizar:
Dia 09 – Républica da Irlanda – Portugal
Dia 11 – França – Portugal
Dia 14 – Portugal – Holanda
Todos pelas 16h.



Ana Borges foi ainda considerada melhor jogadora da VII Edição Torneio Inter-Associações de Futebol de 7 feminino em representação da A.F. Guarda.

terça-feira, 3 de abril de 2007

Páscoa

Do hebreu Peseach, Páscoa significa a passagem da escravidão para a liberdade.
É a maior festa do cristianismo e, naturalmente, de todos os cristãos, pois nela se comemora a passagem de Cristo "deste mundo para o Pai", da "morte para a vida", e das "trevas para a luz".
Considerada a Festa da Libertação, a Páscoa é uma das festas móveis do nosso calendário, sucedendo a Quaresma e culminando na Vigília Pascal.
A Páscoa acontece no primeiro domingo depois da lua cheia, nem antes de 22 de Março, nem depois de 25 de Abril.
No período anterior a Moisés, a Páscoa era um ritual que festejava a chegada da primavera entre os pastores nómadas.
Já os antigos judeus, comemoravam a Páscoa na primeira lua cheia da primavera do hemisfério norte.
Ainda que tenha sua origem no Pessach, quando os judeus comemoram a libertação dos hebreus da escravidão no Egipto, a Páscoa celebra a ressurreição de Jesus Cristo.



O Folar é tradicionalmente o pão da Páscoa em Portugal, um alimento ancestral fruto da mistura ritual e alquímica da água, sal, ovos e farinha de trigo.
A forma o conteúdo e o segredo da confecção varia conforme as regiões de Portugal e vai desde o salgado ao doce, nas mais diversas formas.
A tradição do folar tem como base todo um ritual de partilha, solidariedade e confraternização, bem enraizado na gastronomia popular que se perde no tempo e profundamente carregado de significado simbólico e religioso.
É também a oferenda aos afilhados pelos padrinhos e dos fiéis ao padre pela época da Páscoa.
Existe neste acto uma ligação muito forte entre este e o pão que Jesus repartiu com os discípulos na última ceia.
Nalgumas receitas é encimado por um ovo cozido com casca, que representará simbolicamente o renascimento e Ressurreição de Jesus Cristo.

Folar

Folar


500 gr farinha
100 gr margarina
35 gr fermento de padeiro
150 gr açúcar
3 ovos
2 dl leite
Sal
Canela
Erva-doce
2 ovos cozidos

Dissolva o fermento num pouco de leite morno e junte alguma farinha, faça uma massa e deixe levedar 20 minutos.
Amasse a restante farinha com o açúcar, o leite e os ovos até obter uma massa muito leve mas com bastante corpo.
Acrescente a manteiga, o sal e as especiarias.
Bata bem até a massa se soltar da tigela.
Junte-lhe o fermento que esteve a levedar.
Amasse até a massa se desprender das mãos e do alguidar.
Deixe levedar numa tigela tapada com um cobertor, durante + – 3 horas em local ameno.
Faça então uma bola ligeiramente abolachada, onde coloca os ovos previamente cozidos e frios.
Com um pouco de massa faça uns cordões que coloca a segurar os ovos.
Pincele com gema de ovo e leve a forno quente até ficar bem corado e cozido.

A Fauna na Serra da Estrela


A Serra da Estrela alberga cerca de 40 espécies de mamíferos, 100 espécies de aves, 30 espécies de répteis e anfíbios, 8 tipos de peixes e numerosas espécies de invertebrados. Já lá vão os tempos em que o lobo (Canis lupus) era frequente. Actualmente é mais comum o javali (Sus scrofa), encontrando-se esta espécie em expansão. A lagartixa-de-montanha (Lacerta monticola monticola) encontra aqui o seu único habitat no continente português. São de salientar ainda a geneta (Genetta genetta) e o coelho-bravo-europeu (Oryctolagus cuniculus). Associados às linhas de água, encontram-se vários mamíferos como a toupeira-de-água (Galemys pyrenaicus) e a lontra (Lutra lutra) e da herpetofauna o lagarto-de-água (Lacerta schreiberi) e a salamandra-lusitânica (Chioglossa lusitanica) – esta última com estatuto de conservação de “ameaçado”.Na avifauna destacam-se o pisco-de-peito-azul (Luscinia svecica cyanecula), a gralha-de-bico-vermelho (Pyrrhocorax pyrrhocorax), a cegonha-preta (Ciconia nigra), a águia-de-asa-redonda (Buteo buteo), o milhafre-preto (Milvus migrans), o tartaranhão-caçador (Circus pygargus) e o falcão-peregrino (Falcus peregrinus), entre muitas outras espécies.


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águia-de-asa-redonda (Buteo buteo)
barbo (Barbus barbus)
cão da Serra da Estrela
carriça (Troglodytes troglodytes)
carpa (Cyprinus carpio)
cobra-de-água-viperina (Natrix maura)
coelho (Oryctolagus cuniculus)
coruja-das-torres (Tyto alba)
coruja-do-mato (Strix aluco)
doninha (Mustelidae)
fuinha (Martes foina)
geneta (Genetta genetta)
guarda-rios (Alcedo atthis)
javali (Sus scrofa)
lagartixa ibérica (Podarcis hispanica)
lebre (Lepus capensis)
lobo (Canis lupus)
lontra (Lutra lutra)
melro-das-rochas
mocho-real (Bubo bubo)
musaranho-de-água (Neomys anomalus)
pardal françês (Petronia petronia)
pisco-peito-ruivo
poupa (Upupa epops)
rã ibérica (Rana iberica)
raposa (Vulpus vulpus)
sacarrabos (Herpestes ichneumon)
salamandra-de-pintas (Salamandra salamandra)
sapo comum (Bufo bufo)
sapo-parteiro (Alytes obstetricans)
sardanisca-argelina (Psammodromus algirus)
texugo (Meles meles)
toupeira (Talpa occidentalis)
toupeira-de-água (Galemys pyrenaicus)
tritão-marmorado (Triturus marmoratus)
truta (Oncorhynchus)