sábado, 19 de janeiro de 2008

Serra da Estrela: Três cenários de acessibilidades

Túneis garantem maior desenvolvimento regional, mas há soluções mais equilibradas
Um estudo encomendado pela Estradas de Portugal aponta a construção de duas estradas a sul da Serra da Estrela como solução equilibrada para ligar a região, mas refere que abrir túneis garante melhores acessibilidades e maior desenvolvimento regional.

O elevado investimento previsto para 12 quilómetros de túneis (704 milhões de euros) face aos benefícios para os utentes (em termos de poupança de tempo e combustíveis, entre outros), faz do cenário o único com uma "taxa de rentabilidade negativa até 2030".

No entanto, o documento refere que esta é a solução que garante melhores ligações em toda a região e que mais promove o desenvolvimento regional ao nível de "emprego, coesão social" e "consolidação do sistema urbano".
O Estudo de Avaliação Estratégica para a região do Centro Interior foi encomendado pela Estradas de Portugal e está em consulta pública até final do mês e inclui três cenários.

O cenário A prevê a construção de três novas estradas em redor da Serra da Estrela: IC6 entre Coimbra e Covilhã, IC7 entre Venda de Galizes e a A25 (em Celorico da Beira ou Fornos de Algodres) e o IC37 entre Seia e Viseu.

O cenário B prevê a construção do IC7 entre a Covilhã e Viseu, com túneis para atravessar a Serra da Estrela, o maior dos quais com de 8,5 quilómetros entre Manteigas e Seia/Gouveia. Está previsto que o IC6 ligue Coimbra e a A25 no distrito da Guarda.

O cenário C é de uma forma geral a adaptação do perfil em X apresentado no cenário B, mas contornando a Serra da Estrela a sudoeste entre Sandomil, São Gião e Vide, para onde são previstos alguns túneis mais pequenos.


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