domingo, 27 de janeiro de 2008

Bento de Moura Portugal

Bento de Moura Portugal, que na Europa recebeu o cognome de Newton português
O reconhecimento da sua notável competência científica ficou sobejamente expressa ao ter‑se afirmado que depois do grande Newton em Inglaterra, só Bento de Moura em Portugal.
A sua aprendizagem da Filosofia newtoniana foi feita em contacto directo com alguns dos mais notáveis discípulos de Newton, durante a sua estadia em Inglaterra.
O seu regresso a Portugal viria a revelar‑se uma opção trágica que o conduziria a um fim de vida dramático.
Apesar do seu prestígio, Bento de Moura Portugal viveu os últimos anos da sua vida em condições absolutamente dramáticas e desumanas, vítima do despotismo reinante. O drama e o desespero vivido por Bento de Moura levou‑o à tentativa de suicídio, solução extrema para colocar fim às condições humilhantes e degradantes a que foi submetido na prisão.
Teodoro de Almeida pretendeu fazer a justiça de não o deixar cair no esquecimento colectivo e expressou de um modo bem vincado a admiração que tinha pela sua pessoa e pelas suas qualidades ímpares de intelectual notável. Este reconhecimento público passou à posteridade quando descreveu o modelo teórico inovador que concebeu para explicar o fenómeno das marés. Nas Cartas Físico‑Mathematicas, mais propriamente na carta intitulada "Sobre huma máquina para provar a causa das marés", segundo a doutrina do grande Bento de Moura Portugal, ficou bem expressa a homenagem pessoal de Teodoro de Almeida ao seu mérito, bem como uma crítica implícita à conduta despótica e desumana dos responsáveis do seu infortúnio.

Sem comentários: