Breve História da Fundação
O nascimento da Fundação deve-se essencialmente a Francisco Santos, um moimentense, de origens humildes, mas que cursou Belas-Artes e, mais tarde, viria a ser engenheiro e depois arquitecto.
É a esse homem genial que se deve toda esta obra e foi que ele, na sua época, já tinha deixado estatutariamente prevista a criação de uma ‘casa dos pobres de Moimenta da Serra’, que abrangeria também as freguesias circundantes.
Para além de tudo aquilo que ficou estatutariamente previsto, também deixou um espólio riquíssimo composto por cerca de 20 mil livros e todo um conjunto de bens que hoje pertencem à Fundação, com particular incidência nas pinturas dos denominados naturalistas do início do século.
Foi a partir da ideia do arquitecto Francisco Santos que, mais tarde, em 1981, abriu a primeira valência, apesar da instituição e toda a sua formalização serem anteriores a essa data (A Fundação D. Laura Dos Santos existe como instituição desde 1976). No entanto, foi em 1981 que apareceu ao público a Fundação D. Laura dos Santos com a abertura do Lar de Idosos, um dos primeiros do distrito da Guarda, e o primeiro no concelho de Gouveia.
Depois do Lar de Idosos, foi criada a primeira Unidade de acamados do distrito da Guarda, pois dos 52 idosos inicialmente acolhidos, 20 eram acamados e por isso foi criada uma unidade própria.
Em Junho de 1984, numa altura em que o espólio da Fundação estava em Lisboa, António Gomes Nogueira e António Fraga Figueiredo que presidiram à primeira Direcção, conjuntamente com o Padre Pimentel, trouxeram de Lisboa todo esse espólio que, em 1984, viria a fazer com que fosse criado o Museu/Biblioteca.
Em 2001 seria criada a Unidade de Apoio à Infância, da qual fazem parte as valências de ATL, creche e vertente desportiva com piscina coberta aquecida, numa altura em que no concelho de Gouveia havia apenas uma instituição (a ABPG) que tinha acção desenvolvida na área da infância. Em Moimenta da Serra, como nas demais freguesias do concelho, as crianças eram enviadas para Gouveia, e, nessa altura, quer a escola primária quer o jardim-de-infância de Moimenta, estiveram em risco de encerramento.
Com o surgimento da Unidade de Apoio à Infância, foi possível que Moimenta da Serra e as freguesias circundantes passassem a ter acesso a actividades como aprendizagem à natação, futebol, etc. Trata-se de uma Instituição Particular de Solidariedade Social que faz trabalho na área do ensino básico e na aprendizagem da natação, disponibilizando transporte às crianças do conselho.
Em 2007 surge o projecto “Mãos Abertas” em que são inauguradas duas novas valências, o Centro de Acolhimento Temporário que tem como objectivo o de acolher crianças em risco, desde o nascimento até aos doze anos e tem uma capacidade para 20 crianças, e a Comunidade de Inserção que tem uma capacidade para 12 mulheres, podendo alargar-se a vinte, caso haja necessidade de alojamento para os filhos das mesmas. Passa então a ser possível ter ali mães solteiras, ou de outro tipo, o que possibilitará ter as crianças no Centro de Acolhimento, mas ter também, na Comunidade de Inserção, mães e crianças ao mesmo tempo e portanto, existirá uma verdadeira complementaridade entre estas duas valências.
Pelo meio ficou a criação de Sectores de Formação, que aquando do desaparecimento da Têxtil Lopes da Costa, com a saída de dezenas de pessoas, fez com que Moimenta da Serra passasse por um processo muito difícil e aí, a Fundação assumindo um papel de manifesta disponibilidade para receber as pessoas, que na altura estavam a sair da indústria têxtil, pudessem passar então por um processo de conversão nos cursos de formação que foram desenvolvidos para as ajudar, revitalizando-as sob a componente formativa, possibilitando-lhes que procurassem um novo rumo em termos de emprego. Nesse período começou a haver formação externa dentro da instituição, sendo mesmo uma das épocas mais importantes pois foi um período em que foi dado um salto qualitativo reconhecido pelo Instituto Superior de Qualidade.
Sem comentários:
Enviar um comentário